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Carta aberta a todos os Cidadãos, Associações, Movimentos Cívicos, Partidos, Organizações Não-Governamentais, Sindicatos, Grupos Artísticos, Recreativos e outras Colectividades:
Protesto da Geração À Rasca
12 de Março às 15 horas
Avenida da Liberdade – Lisboa e Praça da Batalha – Porto
Exmos. Srs.,
O «Protesto da Geração À Rasca» surgiu de forma espontânea, no Facebook, fruto da insatisfação de um grupo de jovens que sentiram ser preciso fazer algo de modo a alertar para a deterioração das condições de trabalho e da educação em Portugal.
Este é um protesto apartidário, laico e pacífico, que pretende reforçar a democracia participativa no país, e em consonância com o espírito do Artigo 23º da Carta Universal dos Direitos Humanos:
1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à protecção contra o desemprego.
2. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.
3. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de protecção social.
(…)
Por isso, protestamos:
-Pelo direito ao emprego.
-Pelo direito à educação.
-Pela melhoria das condições de trabalho e o fim da precariedade.
-Pelo reconhecimento das qualificações, competências e experiência, espelhado em salários e contratos dignos.
Porque não queremos ser todos obrigados a emigrar, arrastando o país para uma maior crise económica e social.
Segundo o INE, o desemprego na faixa etária abaixo dos 35 anos corresponde hoje à metade dos 619 mil desempregados em Portugal. A este número podemos juntar os milhares em situação de precariedade: “quinhentoseuristas” e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, estagiários, bolseiros e trabalhadores-estudantes.
No que concerne à educação, o acentuar das desigualdades no acesso ao ensino limita as oportunidades individuais. Milhares de pessoas são impedidas de ingressar ou obrigadas a abandonar os seus estudos. Outras ainda vivem situações de indignidade humana para conseguirem prosseguir os seus percursos académicos.
Não negligenciamos os problemas estruturais, domésticos e internacionais, que afectam a vida de muita gente na procura e obtenção de emprego. Queremos alertar para a urgência de repensar estratégias nacionais e não nos resignamos com os argumentos de inevitabilidade desta situação. É com sentido de responsabilidade que afirmamos que, sendo nós a geração mais qualificada de sempre, queremos ser parte da solução.
No dia 12 de Março, pelas 15 horas, convidamo-lo a estar presente na Avenida da Liberdade em Lisboa ou na Praça da Batalha no Porto, no Protesto da Geração à Rasca cujo manifesto abaixo citamos.
João Labrincha
Paula Gil
Alexandre de Sousa Carvalho
António Frazão
Manifesto
Nós, desempregados, “quinhentoseuristas” e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal.
Nós, que até agora compactuámos com esta condição, estamos aqui, hoje, para dar o nosso contributo no sentido de desencadear uma mudança qualitativa do país. Estamos aqui, hoje, porque não podemos continuar a aceitar a situação precária para a qual fomos arrastados. Estamos aqui, hoje, porque nos esforçamos diariamente para merecer um futuro digno, com estabilidade e segurança em todas as áreas da nossa vida.
Protestamos para que todos os responsáveis pela nossa actual situação de incerteza – políticos, empregadores e nós mesmos – actuem em conjunto para uma alteração rápida desta realidade, que se tornou insustentável.
Caso contrário:
a) Defrauda-se o presente, por não termos a oportunidade de concretizar o nosso potencial, bloqueando a melhoria das condições económicas e sociais do país. Desperdiçam-se as aspirações de toda uma geração, que não pode prosperar.
b) Insulta-se o passado, porque as gerações anteriores trabalharam pelo nosso acesso à educação, pela nossa segurança, pelos nossos direitos laborais e pela nossa liberdade. Desperdiçam-se décadas de esforço, investimento e dedicação.
c) Hipoteca-se o futuro, que se vislumbra sem educação de qualidade para todos e sem reformas justas para aqueles que trabalham toda a vida. Desperdiçam-se os recursos e competências que poderiam levar o país ao sucesso económico.
Somos a geração com o maior nível de formação na história do país. Por isso, não nos deixamos abater pelo cansaço, nem pela frustração, nem pela falta de perspectivas. Acreditamos que temos os recursos e as ferramentas para dar um futuro melhor a nós mesmos e a Portugal.
Não protestamos contra as outras gerações. Apenas não estamos, nem queremos estar à espera que os problemas se resolvam. Protestamos por uma solução e queremos ser parte dela.
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Flash Mob – Protesto da Geração À Rasca
(contribuição espontânea)
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Programa Prós e Contras
Para quem não teve oportunidade de acompanhar em directo o programa do dia 28 de Fevereiro, pode clicar no link abaixo.
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3 Comentários
Resposta ao convite do programa Prós e Contras – RTP
Exmos. Srs.,
Vimos pelo presente agradecer o vosso convite a participar no próximo programa Prós e Contras.
Entendemos, no entanto, não ser oportuno aceita-lo. Não nos consideramos representantes, muito menos líderes, de qualquer movimento e, ainda menos, de toda uma geração.
Até agora, 30.000 pessoas já aderiram, no facebook, ao Protesto da Geração À Rasca e estamos cada vez mais certos que, centrar o protagonismo numa ou nalgumas pessoas, só porque estão a dinamizar o evento, será extremamente redutor, tendo em conta a transversalidade do problema e a diversidade de situações de precariedade existentes.
Acreditamos também que, infelizmente, não vos será difícil encontrar testemunhos pessoais sobre diversos tipos de precariedade que afectam, não apenas os jovens, mas toda a sociedade portuguesa.
Agradecemos encarecidamente a vossa compreensão.
Disponibilizamo-nos também para vos prestar todas as informações, acerca da organização do Protesto, de que venham a necessitar futuramente.
AAC disponibiliza autocarros mediante inscrição
Por deliberação da Assembleia Magna realizada no passado dia 23 de Fevereiro de 2011 e sob proposta da Direcção-geral da Associação Académica de Coimbra, serão disponibilizados autocarros para a deslocação a Lisboa a todos os estudantes da Universidade de Coimbra e sócios da Associação Académica de Coimbra que pretendam participar no Protesto “Geração à Rasca, a realizar no próximo dia 12 de Março às 15h.
Salvo informação em contrário o horário de partida dos autocarros será às 11h30 no Largo D. Dinis.
As inscrições deverão ser feitas na Loja Ponto Já, no piso de entrada da AAC, até ao próximo dia 9 de Março às 17h00. Será necessária a apresentação de cartão de estudante ou certificado de matrícula acompanhado de documento com fotografia no acto de inscrição.
Transportes e Boleias
Para quem quer ir ao Protesto, mas não tem transporte agora já tem uma solução.
Neste forum é possível as pessoas organizarem-se de forma a terem como se deslocar. O objectivo é reduzir custos nas deslocações e facilitar as mesmas.
http://geracao-a-rasca-12.forumeiros.net/
Para além do forum também existe uma página no facebook.